Descobri que sou uma PÉSSIMA mãe!

Juli Lanser Mayer

Quantas vezes você já se sentiu assim?

Quantas vezes você chorou desesperadamente querendo acertar, mesmo ao ouvir críticas?

E agora com esse boom da chamada “maternidade real”, o que seria isso? Um novo padrão? Uma nova forma de engessar o que buscamos desmistificar todos os dias?

A maternidade não vem com manual;  não tem roteiro certo e nem sucesso garantido; ela se constrói no dia a dia,  através de um conjunto de escolhas e formas sobre como criar/educar seus filhos; em como ser uma mãe melhor e sobre o que dá ou não certo dentro da sua realidade de vida.

Porém, o que vemos na internet é uma chuva de críticas (essa autocrítica que nós mães também temos com nós mesmas e acabamos algumas vezes projetando nos outros…) no modo que outras mães lidam, vivem, criam e expõem seus filhos, seja na internet ou fora dela, assim como o que é ser uma boa ou má mãe.

Essa mania feia que temos de dizer sempre que a nossa forma é a correta e a do outro não, ou que o fato da pessoa fazer diferente não é o certo.

Mas sabe o que aprendi depois de ser 4 vezes mãe?

Não importa a maneira que você cuida ou educa seus filhos, sempre haverá outra mãe/pessoa julgando suas escolhas na maternidade, seu jeito de ser mãe e seu modo de expressar sua maternidade…

Então vem a CULPA te alertar: Você está sendo uma péssima mãe!

Devo dizer que não existe uma maneira certa de criar os filhos ou de ser mãe, pois TODAS nós estamos na mesma corrida, com os mesmos dilemas e buscando fazer nosso melhor sempre…

Que bom seria se a maternidade tivesse de fato um manual ou até mesmo que tivéssemos consciência como nossas escolhas precisam ser baseadas nas nossas experiências e vivências dentro da nossa família, pois o que funciona na minha casa pode não funcionar na sua e vice-versa.

Logo penso: quem somos nós para julgar as escolhas, vivências e motivos que outras mães tem de viver e educar seus filhos? Por que SER MÃE embora tenha momentos muito prazerosos, não é uma tarefa fácil, exige renúncias, alegrias, uma resiliência e paciência, como bônus muito amor, espontaneidade e abraços sinceros.

Ao longo desses quase 14 anos desde em que me tornei mãe, são incontáveis às vezes que me tornei UMA PÉSSIMA MÃE aos olhos dos outros e na minha autocrítica, abaixo cito alguns momentos:

– Você teve parto cesárea? Poxa, mas só mães que tiveram parto normal sabem o que é ser mãe de verdade. Oi?!

– Seus filhos comem chocolate? Polêmico, mas flexível quando olhamos o contexto alimentar da família toda.

– Você é muito vaidosa para ser mãe! Desde quando mães precisam parar de se cuidar? Boraaa se AMAR e investir em nós!

– Você só mostra seus filhos sendo educados ou felizes! Ok, faço isso por respeitar a individualidade deles, não preciso expor coisas desagradáveis (mesmo que existam) para validar a minha maternidade e realidade das vivências, além do que educação e bons costumes serve para todos. Ah e nem sempre mostrar filhos em situações complexas te garantem apoio, pode ser mais um estopim para mais críticas, além e constranger os filhos no futuro.

– Se você é mãe e trabalha fora? Nossa, vais perder a melhor fase da vida dos seus filhos!

– Você é mãe e dona de casa? (segura a “raiva” ao ler ehehe) Mas você não faz nada?

– Você é mãe e tem tatuagens? Nossa o que seus filhos vão pensar quando crescerem? (Que fui jovem)

– Seus filhos usam tecnologia? Nossa isso prejudica demais o desenvolvimento, ele não vai socializar e ficará viciado em telas… (palavra mágica: limites, aqui temos e funciona)

– Seus filhos te ajudam no serviço da casa? Nossa, mas eles são tão novinhos para ajudar, você não tem pena deles?

E acredite essa lista poderia ser imensa…

Mas me conta: Quantas vezes você já se sentiu uma PÉSSIMA MÃE? Quais os questionamentos que te fizeram sentir assim?

E por fim, vamos espalhar mais amor, mais apoio e compreensão com as escolhas da maternidade alheia, cada um sabe onde seu sapato aperta né!

Lembrando sempre que MATERNIDADE REAL só é a maternidade que VOCÊ VIVENCIA e não a sua maternidade sendo uma realidade generalizada como verdade absoluta e por isso sendo a única REAL.

Que possamos ser MÃES que acolham outras mães…

Mães em constantes processos de evolução e que buscam acertar assim como todas as outras!

Quando respeitamos o caminho do outro, estamos consequentemente iluminando o nosso!

E para quem quiser acompanhar mais sobre minha forma de viver a minha maternidade é só seguir meu instagram (@julilansermayer) e ver 4 fofuras de filhos, sapecas, genuínos e que lidam com amor as loucuras da mamãe aqui, por que eles sabem que tudo que faço e escolho é pensando no bem, em acertar e levar o melhor para eles!

 

 

 

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